DEPOIMENTO DE UMA ESTUDANTE CONCURSEIRA:
Meu nome é Mariana, sou bacharel em Direito há 3 anos e aprovada na OAB há apenas um. Quando terminei o curso tinha certeza que nunca seria aprovada na OAB se não fosse estudar todo o conteúdo novamente e de forma específica.
Na época dos estudos NÃO me dedicava exclusivamente a ele, vivia fazendo concurso público; estudando uma matéria distinta do Direito aqui e acolá para conseguir um emprego estável - isso incluía quase todos os concursos (exceto os de banco e Receita Federal - os fiscais); todos os demais tentava (arriscava), acreditando que mais cedo ou mais tarde acabaria conseguindo aprovação em algum.
E que fique claro: os concursos eram os de nível médio - de superior, eram poucos os que eu me arriscava; só mesmo os intermediários de Direito - tipo analista dos tribunais e da administração pública Federal, Estadual ou municipal.
Partia sempre para os que não tinha matemática e/ou raciocínio lógico - quando não tinha jeito, quando o meu interesse era demasiado pelo cargo oferecido, ou a oferta de vagas era grande, fazia mesmo assim; mas levava em conta o peso (se o peso delas fosse maior que das demais matérias, estaria fora de cogitação). Já bastava ter essas matérias que me causam ojeriza, imagine se fossem as com maiores pesos?
Nessa época, de concurseira e acadêmica de Direito, ter que estudar matérias distintas da minha formação se tornava algo complicado, acabava não fazendo nenhuma das duas coisas bem; felizmente ou infelizmente, a Faculdade também não era grande coisa (combinava com a minha dedicação) - exigia pouco dos alunos; ali, "qualquer um passava" desde que a mensalidade estivesse em dia - se não, mas quitasse antes de fim, o Diploma estaria em mãos para colar grau.
O tempo passou, consegui o tão desejado diploma, mas como já disse no início desse depoimento, sabia que não conseguiria aprovação na OAB (pelo menos na primeira tentativa); assim, que segui com os estudos (sem muito direcionamento) a fim de conseguir um emprego público.
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Estudante concurseiro - por pixabay |
Mais um ano passou e nada de aprovação em concurso. Foi aí que decidi estudar (de forma bem direcionada) para fazer o Exame da Ordem.
Àquele ano foi só na OAB que pensei.
Pesquisei na internet e em sites que falam sobre Exame da Ordem, resolvi muitaaas provas anteriores (de forma cronometrada), li sobre as tendências de novos conteúdos; assisti a vídeo aulas atualizadas sobre Direito (não veja vídeo se não souber a data da realização da aula - esta é, NA MAIORIA DAS VEZES, diferente da data postada); as escolas só publicam imediatamente quando a aula foi ao vivo (raras exceções disponibilizam bom conteúdo, atualizado, no youtube). Portanto, ATENÇÃO - Pior coisa é estudar por conteúdo desatualizado!
Assim, focada no que queria e estudando somente conteúdo que gostava (da minha área - o Direito) acabei conseguindo aprovação na primeira tentativa. Acertei 61% da prova; sei que isso não é uma grande nota, mas é suficiente para ir para a segunda fase.
Na segunda, do mesmo modo, não consegui uma grande façanha em Direito do Trabalho - seguramente não foi uma peça fenomenal, mas foi uma que me levou a obter a tão desejada por muitos (e por mim, naquele momento), carteira da Ordem dos Advogados do Brasil.

Quando é que eu conseguiria ir para uma segunda fase (ter uma redação corrigida) em um concurso, com apenas 61% de acerto????
No Exame da OAB há uma nota específica, mas o candidato não concorre com ninguém - conseguiu alcançá-la terá a carteira; em concurso há uma quantidade específica de vagas e também uma nota específica para aprovação; NO ENTANTO, quase ninguém consegue entrar com o mínimo especificado pela banca.
Hoje, a maioria dos candidatos conseguem superar a nota mínima em pelo menos 15%. Quando pedem 60% para aprovação, o candidato pior classificado geralmente tem 78% de acertos. Simples assim!
Exame da Ordem não é coisa de outro mundo - concurso, para mim, infelizmente continua sendo - nele, a concorrência é entre todos os candidatos; na OAB concorremos conosco, ao conseguirmos a nota mínima, em ambas as provas, nos superamos! A partir daí, com uma "pequena" anuidade, adquirimos a nossa tão "sonhada" carteira; ahhh, mas não se esqueçam da compra do certificado digital (hoje, sem ele está ainda mais difícil advogar)!
Mas, com muita força de vontade e fé se vai longe - boa sorte a todos os que ainda estão na luta pela sua "vermelhinha"!
Por Mariana XXX. (vedação de nome por causa da exposição da Universidade "meia boca")
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